Em muitas partes do mundo, grande quantidade de animais de fazenda consome dietas que não correspondem às suas necessidades em relação aos minerais. Os alimentos podem ser ricos ou pobres em determinados elementos; mais freqüentemente são pobres ou contêm esses elementos em proporções desequilibradas.

As deficiências minerais podem ocorrer sob diversos graus, desde deficiências severas, com perturbações mais ou menos características, até deficiências leves com sintomas não-específicos como: desenvolvimento lente, problemas de fertilidade, baixo rendimento da carcaça e reduzida produção de leite. Elas estão ligadas a certas áreas geográficas. Quando acentuadas, podem ser responsáveis pela pobreza geral que assola determinadas regiões nas quais a população depende principalmente da criação de gado. Deficiências leves ou moderadas também podem causar prejuízos econômicos sérios, porque reduzem a produtividade dos animais e constituem obstáculos à melhoria dos rebanhos.

Deve ser lembrado que os bovinos não precisam ser suplementados com minerais em todas as regiões do Brasil, com exceção do sal comum. O gado deve receber sempre o sal comum, e outros elementos apenas quando a sua deficiência foi diagnosticada na região ou quando, pelo menos, haja suspeitas nesse sentido.

Não seguir essa regra básica e querer dar misturas minerais ?completas? para todos os bovinos acarreta gastos desnecessários e às vezes pode até causar problemas (por exemplo, numa região onde a pastagem é pobre em molibdênio, a administração de cobre pode provocar, especialmente em ovinos, intoxicação por esse último elemento; e administração de ferro, por prejudicar a absorção do fósforo, no trato digestivo, pode provocar ou agravar as manifestações da deficiência de fósforo no rebanho). Por outro lado, muitas vezes, devido aos altos custos de misturas minerais idôneas e a consequente tendência de suplementação em quantidades menores que as indicadas, não se resolve o problema quando está envolvida e deficiência de fósforo. A correção da deficiência de P é cara, pois as quantidades desse macroelemento a serem suplementadas são grandes.

Acabamento: Brochura

Ano: 2006

Autor: Bittar, Moura, Faria, Mattos

Edição: 1

Editora: FEALQ

ISBN: 85-7133-047-6

Páginas: 373

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